terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como montar um Atelier de Pintura?


O problema da falta de espaço é o mais corriqueiro para quem vive em apartamento. E se este alguém pretende estudar pintura... - O que fazer?

- "Viver num apartamento não é motivo para abrir mão desse prazer!”

Na verdade, não há regras básicas para a organização de um atelier de pintura, mas alguns comportamentos irão facilitar a sua prática e proteger a sua família dos “odores do ofício”!

Dê importância à localização do material, de modo que você possa apanhá-lo com rapidez e sem esforço quando estiver pintando.

Note que cavaletes e materiais de pintura não são uma vergonha que você precise esconder a cada visita que recebe... pelo contrário! Orgulhe-se em exibir os seus estudos e fique à vontade.

Um cantinho de sala, um pedacinho da varanda ou mesmo a área de serviço serão ótimos espaços para você instalar o seu equipamento.
Adquira um pedaço de carpet, ou um tapetinho de aproximadamente
0,80x0,80 m. para definir o seu espaço e proteger o piso de eventuais acidentes. Instale-o no cantinho mais iluminado possível do ambiente escolhido, lembrando-se que a situação ideal é quando a luz natural entra pela esquerda (se você for destro) ou pela direita ( se você for canhoto).


Providencie também uma luminária de luz fria que possa adaptar-se em seu cavalete para trabalhos noturnos e também para melhorar a iluminação em dias mais escuros.

Escolha um cavalete tipo estúdio por ser mais firme e suportar pinceladas mais vigorosas dando-lhe segurança para trabalhar. Não economize neste quesito.

 



Você precisará de dois banquinhos, um alto, tipo banco de bar, para sentar-se quando necessário (aqui, se o orçamento permitir, uma cadeira com rodinhas e braços será bem mais confortável) e um outro baixinho, que também pode ser substituído por uma mesinha ou um carrinho de rodas, do tipo que usamos em cozinha, para o seu material. Improvise como quiser, mas atente que caiba todo o seu material e que seja bastante firme. Mantenha este último à sua direita se você é destro ou a sua esquerda se é canhoto.

Quanto ao material, aquarelas, giz pastel, nanquim guache e o prosaico grafite são materiais que não tem cheiro permitindo que você trabalhe livremente.

Entre as tintas, a acrílica possui um odor mais suave, enquanto a tinta a óleo, pelo uso de solventes, impregna o ar com o seu odor característico. Para evitar o inconveniente, utilize solventes inodoros do tipo SANSODOR da Winsor&Newton e mantenha as suas janelas sempre abertas ao trabalhar.

Agora você não tem mais desculpas para prender o seu artista! Pode iniciar imediatamente!



BONS QUADROS!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que é Desenho de Observação?



Leandra Stopa
aluna do curso de Desenho online


 O Desenho de observação é aquele onde utilizamos um modelo real para desenvolver a percepção visual - capacidade de observação de forma, luz e volumes.


Para conseguirmos um bom desempenho no desenho é fundamental uma observação cuidadosa. Começa assim a formação do verdadeiro desenhista: aprendendo a observar!


Desenhar os objetos de sua própria casa é particularmente interessante, pois obriga-o a olhar de fato para aquelas coisas que, de tão familiares, acabam passando despercebidas aos olhos.

Você verá que mesmo um bule ou um sapato tem características que só se revelam quando desenhadas.

Naturalmente não devemos escolher um modelo por ser ele mais fácil ou mais difícil - aqui vai estar expressa a alma do artista, seus gostos, sua história, sua mensagem. Por isto, escolha sempre um modelo porque gosta. Escolha o seu modelo principalmente porque ele pode dizer do seu sentimento.

“A expressão essencial de uma obra depende quase inteiramente da projeção do sentimento do artista; obtido a partir do modelo, e não da exatidão orgânica deste.” Matisse

"Não tema os erros – eles não existem."
Miles Davis

Áurea Pacheco
aluna do curso de Desenho online
“O pintor (artista) deve estar à frente do modelo sem idéias preconcebidas. Tudo deve chegar-lhe ao espírito como numa paisagem lhe chegariam todos os seus odores: da terra, das flores, associadas aos jogos das nuvens, aos movimentos das árvores e aos diferentes ruídos do campo.” Matisse

É útil saber observar as proporções daquilo que se desenha.

Josielle Z. Barboza
aluna do curso de Desenho online




Proporção é a relação dimensional entre as partes de uma composição entre si e destas com relação ao todo. É muito importante que estejamos atentos à proporção, ou seja, que as formas desenhadas não estejam grandes demais ou pequenas demais em relação ao modelo e em relação umas às outras. 










Josielle Z. Barboza
aluna do curso de Desenho
online
As formas perdem os detalhes, assim como as cores perdem as suas características específicas à medida que estão mais distantes de nós.

Podemos ver a forma das folhas e dos galhos, por exemplo, mesmo os mais delicados, de uma árvore situada a dois metros de nós, mas não podemos distinguir estes detalhes da mesma forma se a árvore estiver a cem metros de distância.





 
No Desenho de Observação aprendemos a ver a coisa como ela é!

Marilene Oberto
aluna do curso de Desenho online

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ESTILOS E MOVIMENTOS - A História da Arte


A História da Arte é uma disciplina que estuda a dinâmica criativa das sociedades através da análise dos objetos artísticos produzidos e legados por diferentes povos ao longo dos tempos.
  
Conhecer o gênio criador de um povo exige estudo e sensibilidade. O olhar crítico, sendo assim o encontro da percepção e do conhecimento, constitui-se numa atitude de fecunda criatividade.   Uma coisa é olhar a obra de arte e achá-la apenas bonita ou feia; outra é analisá-la criticamente. Seu gosto transforma-se quando Você enriquece o conhecimento sobre as coisas que olha. 

O curso 'ESTILOS E MOVIMENTOS - A História da Arte' é um curso ONLINE multidisciplinar, ministrado com metodologia inovadora,
que fará você entender definitivamente o desenvolvimento das manifestações artísticas através dos tempos.

São 31 textos específicos e 28 quadros cronológico/geográficos - que indicam a época e o local em que se desenvolveu cada período, propiciando um estudo detalhado da LINHA DO TEMPO.

As aulas são ministradas através de reuniões via MSN, com atendimento individual.

Conhecer a arte é aprender a olhá-la criticamente; é experimentar a transformação do olhar. Essa transformação não ocorre apenas na lida com objetos artísticos, mas em todas as áreas do saber humano, pois a crítica é matéria-prima da criatividade.  

Os exercícios práticos de representação estilística são desenvolvidos buscando a perfeita compreensão de cada período. Neles  os alunos são orientados no desenvolvimento de exercícios gráficos, de acordo com os estilos estudados.
Pierre-Auguste Renoir(1841/1919)


Ron Mueck (1958)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Passo Verniz?

NÃO APLIQUE VERNIZES SEM A ABSOLUTA CERTEZA DE ESTAR ACERTANDO. VOCÊ PODE COMPROMETER TODO O SEU TRABALHO E POR A PERDER UMA OBRA DE ARTE!


A principal função dos vernizes é proteger a pintura, depois de acabada, no entanto proporcionam também um acabamento diferenciado, brilhante ou semifosco, de acordo com o gosto do artista, além de restaurarem o frescor original das tintas.



Neste post vamos falar dos vernizes para Pintura a Óleo.

Classificam-se em:

PERMANENTES:
São produzidos com resina dura, criando uma película rígida e brilhante, que no caso das pinturas a óleo, já de início apresentam-se amarelados, escurecendo com o tempo. O seu maior problema é que não pode ser removido sem por em risco a pintura sendo por isto pouquíssimo usado nos dias atuais.

REMOVÍVEIS:
São produzidos com resina macia, não amarelecem e podem ser facilmente removíveis quando necessário.

Os vernizes removíveis ainda sub-classificam-se  em:

VERNIZ DE RETOQUE ( RETOUCHING VARNISH ou  VERNIS À RETOUCHER): como o próprio nome indica, usados para retocar as telas assim que se mostram secas, reavivando as cores. (Período ideal de secagem da tela a ser observado antes da aplicação do verniz = 1 mês). Podem ser naturais e sintéticos.

VERNIZ FINAL: Mais espesso e mais resistente que o verniz de retoque, é usado quando a pintura está completamente seca. (Período de secagem da tela a ser observado = 6 meses para pinturas de películas finas e um tempo maior para telas de impasto).  Também podem se naturais e sintéticos.


Conhecendo os diversos vernizes:

VERNIZ DE DAMAR NATURAL ( DAMMAR VARNISH ): O mais popular de todos os vernizes.
É um verniz de retoque, de alto brilho, viscoso, que deve ser aplicado dissolvido em terebintina e aplicado com pincel.

VERNIZ MASTIQUE NATURAL: Produzido a partir da resina do mastique, é menos viscoso que o verniz de damar, sendo mais fácil de aplicar, no entanto, tende ao fendilhamento, o que desaconselha o seu uso.

VERNIZ BRILHANTE SINTÉTICO (GLOSS VARNISH ou PICTURE VARNISH): Popularmente chamado de verniz incolor. Substitui o verniz damar produzindo uma película de alto brilho.

VERNIZ FOSCO SINTÉTICO (MATT VARNISH): Idêntico ao brilhante, com acabamento fosco.

CONSERV ART: Representa o que existe de mais moderno na química dos vernizes. Facilmente removível por até 100 anos.

VERNIZ DE CERA DE ABELHA: Apresentado em pasta, aplica-se derretido por aquecimento. Protege um pouco menos que os demais vernizes. Dá um acabamento semifosco.

VERNIZ CRISTAL: De produção nacional é um verniz
à base de resinas. É usado em substituição ao
verniz Damar, mas confere uma ligeira
tonalização amarela à pintura. Também é empregado
como verniz final.Pode ainda ser utilizado como médium.

Dica: Para utilizar o verniz cristal como médium, misture-o ao secante de cobalto + terebintina + óleo de linhaça, considerando uma proporção de 70% do verniz para 30% dos diluentes. Você terá como resultado um brilho vitrificado .

VERNIZ COPAL: Trata-se de um verniz removível, que devido à dificuldade de remoção é conhecido muito mais como um verniz permanente. Quanto mais antiga a aplicação, mais duro (permanente) se torna. Substitui o verniz de âmbar, uma vez que este agora é quase uma pedra preciosa, com os preços naturalmente atualizados! Ainda assim, também é um verniz raro nos dias de hoje.
Apesar da sua característica permanente, pode ser utilizado como verniz de retoque, tendo sido amplamente utilizado por retratistas do século passado para isolar demãos intermediárias de veladuras. Tem a desvantagem de escurecer com o tempo.
Confere à pintura um brilho vitrificado.




É importantíssimo observar que NUNCA podemos utilizar vernizes imobiliários para acabamento em telas. Apenas materiais artísticos devem ser considerados.



VERNIZ ÂMBAR: Um dos vernizes mais finos e mais caros de hoje, adequado apenas para pinturas em painéis, pois por sua fragilidade tende ao fendilhamento. Já foi usado largamente por quase a totalidade dos grandes mestres, apesar da sua ligeira tendência amarelada.
Esteja sempre certo de que foi produzido com âmbar puro do mar Báltico, óleo de papoula e terebintina. Se a sua opção for usa-lo sobre uma pintura em tela, misture-o com um pouco de óleo de linhaça ao aplica-lo para aumentar um pouco a sua flexibilidade.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Segredos do Ofício I

Como as acrílicas, a tinta a óleo também tem os seus segredos de diluição.

Os diluentes são materiais que ao serem acrescentados à tinta, facilitam a sua aplicação. Caracterizam-se por sua capacidade em fazer soltar o corpo da cor. Não devem ser confundidos com óleos e médiuns, cuja finalidade é modificar a aparência da cor, que podemos ver em um próximo post.

TEREBINTINA: Também conhecida como terebentina. Diluente tradicional da tinta a óleo, porém com o odor mais forte utilizado por artistas. se exposta ao ar por longos períodos, oxida-se, escurece e engrossa. Quando usada em excesso, tende a reduzir o brilho da camada de tinta, além de deixá-la sujeita ao fendilhamento. Existem também variações destiladas do óleo da casca do limão, da laranja e da tangerina, chamadas terebintinas cítricas.
Trata-se de um produto destilado dos bálsamos de certas espécies de pinheiro. Origina uma mistura viscosa que se exposta ao ar por longos períodos, oxida-se, escurece e engrossa. Quando usada em excesso, tende a reduzir o brilho da camada de tinta, além de deixá-la sujeita ao fendilhamento. Existem também variações destiladas do óleo da casca do limão, da laranja e da tangerina, chamadas terebintinas cítricas.
Procure usar sempre terebintina destilada e nova – mantendo sempre o vidro fechado.


TEREBINTINA DE VENEZA: Líquido viscoso que não deve ser confundido com a terebintina tradicional. Amplamente usada pelos mestres da antiguidade, dá corpo à tinta com um tempo ideal de secagem. Atualmente tem sido substituída por um produto conhecido como Bálsamo do Canadá, mais fino e claro que a original.





WHITE SPIRIT: Trata-se de uma água raz de alta pureza, com um odor mais suave do que a terebintina. Dá origem a uma mistura mais aguada e não sofre a ação do tempo ou da luz.

SANSODOR: É um diluente específico da Winsor&Newton, à base de hidrocarboneto, ideal para alérgicos. Como a terebintina, também dá origem a uma mistura viscosa, que evapora-se lentamente. Quase não possui odor.

ASPIC (ÓLEO DE LAVANDA): Caracterizado por seu delicioso perfume de lavanda, é de secagem mais lenta do que os demais diluentes. Lembre-se de adquiri-lo em lojas de material para pintura, evitando produtos manipulados para cosméticos.




O manuseio da Terebintina requer cuidados especiais pois pode contribuir com os seguintes riscos:
- O contato da Terebintina com a pele pode causar irritação.
- O contato com os olhos causa forte irritação com possibilidade
de danos.
- A inalação dos vapores pode causar irritação e
danos às mucosas do trato respiratório.
- A ingestão pode causar irritação ou danos às mucosas do trato digestivo.

A Terebintina pode causar dermatites, coceira e
rachadura da pele. Pode irritar os pulmões.

Segredos do Ofício II

“ À pintura pois. Para o que der e vier. De preferência sem dor. Com prazer e paixão. A pintura está aí, entrando pelos poros, pelo nariz, pelos ouvidos, indo direto ao coração antes mesmo de passar pelo cérebro. A pintura voltou a ser um vale-tudo. Ótimo. Dizem que é bad painting, eu a vejo linda. Dizem que é feia, ultrajante, eu a sinto sensualíssima. Tem seis dedos, um olho só e manca de uma perna. I love her.”
Esta introdução é só para poder indicar o livro do Frederico Morais:
Arte é o que eu e você chamamos de arte
– Sempre atual - vale conferir!

À pintura pois!

Uma infinidade de azeites pode ser usada na pintura a óleo, dependendo do efeito que queremos. Observe que os azeites de pintura não devem ser acrescentados à tinta de uma maneira aleatória, normalmente são misturados a um diluente apropriado.


ÓLEO DE LINHAÇA
: Obtido das sementes do linho que depois de finamente moídas são prensadas por diferentes procedimentos. As condições climatológicas, os sistemas de cultivo e os procedimentos de obtenção afetam a qualidade deste óleo, que quando de boa procedência deve ser fluido e de cor amarelo claro. Na verdade, este azeite não seca e sim, passa do estado líquido para o estado sólido perdendo peso progressivamente.

Vamos encontrar diversas variações:


ÓLEO DE LINHAÇA PRENSADO A FRIO
: É o mais puro e o mais caro dos óleos de linhaça.
Tem a função de melhorar a fluidez, aumentar o brilho e a transparência da tinta.

ÓLEO DE LINHAÇA PURIFICADO: Quando de boa qualidade constitui uma excelente alternativa. Tem uma consistência mais fina que o óleo prensado a frio e a cor varia do amarelo claro ao marrom. Quanto mais claro, melhor será a qualidade. Torna a secagem da pintura a óleo mais lenta.

ÓLEO DE LINHAÇA POLIMERIZADO OU ‘STAND OIL” : Apresenta como principal vantagem o fato de propiciar maior deslizamento ao pincel, evitando as marcas das pinceladas, além de tornar a secagem ainda mais lenta.
É o óleo adequado para veladuras e pormenores. Devido à consistência espessa deve ser usado com uma maior proporção de diluente.

ÓLEO DE LINHAÇA BRANQUEADO: Acelera a secagem da pintura a óleo. Por sua cor descorada é o ideal para pinturas claras e áreas onde se use muito o branco.

ÓLEO DE LINHAÇA ESPESSADO AO SOL: é o mais apropriado quando se precisa de uma secagem rápida, no entanto por sua consistência demasiadamente viscosa, necessita de muito diluente. Aumenta consideravelmente o brilho da pintura a óleo.
Lembre-se sempre que produtos mais baratos podem ser de baixa qualidade e afetar a coloração da sua pintura.

Investindo em um bom material e terá sempre melhores resultados.

Para minimizar a possibilidade de amarelecimento, não abuse do uso do óleo.

Você pode produzir em casa o seu óleo de linhaça espessado ao sol:

Coloque o óleo de linhaça purificado em um vidro e cubra-o com um paninho de modo a permitir a circulação do ar, protegendo o produto contra impurezas. Deixe-o ao sol durante várias semanas, agitando-o de vez em quando, delicadamente.

ÓLEO DE PAPOULA: Muito claro e leve, tem como vantagem sobre o óleo de linhaça que a pintura não amarelece com o tempo e como desvantagem o fato de ser muito mais caro. Mantém as cores claras como no momento em que foram pintadas, no entanto, tem uma ligeira tendência ao fendilhamento.

Pode também ser preparado em um médium da seguinte maneira:

1 porção de óleo de papoula + 3 poções de óleo de linhaça + 3 poções de diluente.

Se todos os materiais empregados forem de boa qualidade você terá
um excelente MÉDIUM PARA ÓLEO, que deverá ser usado de forma a não prejudicar a homogeneidade da pintura.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Diluindo a Tinta Acrílica

Do último post me chegou uma pergunta sobre a utilização do médium acrílico.
Auguste Renoir, o grande pintor impressionista francês, negava-se a estabelecer uma “fórmula’” para os seus preparados de diluentes (médiuns). Ele dizia:

-“Tenho que avaliar a quantidade necessária cada vez que mergulho o pincel na tinta e no médium...”

Sabemos, no entanto, que este conhecimento exige anos de prática e alguns padrões básicos podem realmente nos ajudar enquanto isto!

A tinta acrílica foi criada recentemente, na década de 40, e continua sendo aperfeiçoada até hoje. De grande versatilidade pode ser usada desde finas camadas, totalmente diluída, como as aquarelas, produzindo efeitos fluidos e transparentes até grossos impastos espatulados criando volume e textura.

As tintas acrílicas geralmente são feitas com os mesmos pigmentos que as tintas a óleo e as aquarelas. A principal diferença é que na acrílica estes pigmentos, ao invés de triturados em óleo de linhaça ou goma arábica, são ligados por uma resina plástica sintética.

As tintas acrílicas são feitas para diluição em água e aí, a única "regra" é não misturar a tinta acrílica com mais de 50 por cento de água. Se você adicionar uma grande quantidade de água terá cores transparentes que podem não aderir perfeitamente à superfície  – então entram os médiuns que adicionados à tinta podem alterar a sua textura, brilho ou tempo de secagem, de acordo com a criatividade do artista.


Além de aumentar a fluidez, os médiuns realçam um acabamento fosco ou brilhante, mas apresentam um senão: retardam a secagem da tinta acrílica e por isto devem ser usados moderadamente. Apenas algumas gotas já são suficientes!

O ideal é que o artista faça um teste misturando pequenas porções de tinta com o médium e pincelando pequenas áreas – aumentando a quantidade de médium  poderá comparar o tempo de secagem.
 






Você ainda dispõe de outros diluentes que podem ser acrescentados à tinta acrílica para conseguir efeitos diferenciados:

ACRYLIC MATT GEL MEDIUM ou ACRYLIC GLOSS GEL MEDIUM: Possuem a mesma função que o médium, mas são apresentados em forma de gel, conferindo uma densidade maior à tinta propiciando assim uma melhor aplicação nos impastos

IRIDESCENT TINTING MEDIUM: Apresentado em forma de gel, quando acrescentado à qualquer cor acrílica proporciona uma aparência iridescente.

ACRYLIC RETARDER: Gel totalmente transparente, retardador de secagem. O seu uso deve ser dosado. Nos tons terrosos deve ser usado na proporção de até 1:6 ( uma parte de gel para seis de tinta). Nas demais tonalidades poderá ser empregado na proporção de 1:3.

MODELING PASTE (PASTA DE MODELAGEM): De cor esbranquiçada contem em sua composição um material complementar, em geral pó de mármore, que interfere na saturação da cor. No entanto, é ideal quando se deseja uma textura mais rica e variada.

TEXTURE GEL: Uma larga gama de texturas em forma de gel que podem ser acrescentadas à tinta sem interferir em sua cor.

NACRYL ACRYLIC MEDIUM: Cria uma camada impermeabilizante sobre cores que são solúveis em água. Ideal para impermeabilização de colagens.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Prá que tanto pincel?

Cada pincel é desenvolvido para uma finalidade específica, além disto gosto de ter muitos pincéis para não perder tempo lavando-os enquanto trabalho!
 

Os mestres da antiguidade usavam uma quantidade de pincéis para as cores claras e outra para as cores escuras - o que por si só já resolve o problema das manchas indesejáveis na pintura, mas ao mesmo tempo aumenta consideravelmente a nossa quantidade de pincéis!

A seleção do pincel adequado constitui um grande passo para ajudar o artista a explorar uma técnica pessoal com sucesso. Há uma escolha quase ilimitada disponível aos artistas.
Quanto ao enchimento podem ser divididos em três grupos - pêlos, cerdas e sintéticos. Os de pêlo podem ser encontrados em: pêlo de marta (sable, red sable e kolinsky), esquilo, cabelo de boi, pônei, cabra e texugo.


Uma regra geral para um bom trabalho com pincéis, seja qual for o tema ou tipo de pintura que você esteja fazendo , consiste em manter pinceladas coerentes em toda a pintura.

Se estiver pintando um retrato, por exemplo, não deve usar um pincel grande para a cabeça e um pincel pequeno para o pescoço pois o resultado será desagradável dando a impressão que a cabeça é maior do que realmente você a desejava.

Isto também vai acontecer se você está pintando com a ponta do pincel e de repente começa a exercer uma pressão maior, pintando com todas as cerdas do pincel - aqui também o resultado será desarmônico.

Antes de iniciar a pintura, decida com calma quais pincéis usará e mantenha-os à mão para lembrar-se deles quando estiver no auge da produção artística e toda a sua atenção estiver voltada apenas para a pintura em si.

Os pincéis chatos e retos podem ser de 4 tipos
, de acordo com o comprimento do enchimento. São os pincéis mais populares. Devem ser usados para pinceladas definidas.

Os mais curtos oferecem maior controle em pinturas espessas
e
os mais longos, maior elasticidade para pinceladas mais livres.



SHORT BRIGHT – VISÍVEL CURTO



BRIGHT – QUADRADO




FLAT – PLANO
             



STROKE – VISÍVEL LONGO





Os chanfrados, por serem mais fáceis de aplicar em cantos, são ideais para se fazer sombras ou floating (para quem está familiarizado com os termos da pintura country americana).



Como intermediário entre os tipos retos e os redondos temos o tipo FILBERT, também conhecido por "lingua de gato". É um pincel com a ponta ovalada que combina o controle do pincel reto com as bordas suaves do pincel redondo, sendo de múltipla utilidade. Especial para quem gosta de pintar flores!










Os pincéis redondos são os mais antigos.

Com as pontas ligeiramente afiladas permitem vários tipos diferentes de pinceladas. Com ele podemos cobrir grandes áreas, esboçar contornos, acrescentar detalhes, aplicar a tinta em camadas grossas ou finas e ainda esfumar a tinta para efeitos suaves.

Os pequenos e de pêlos delicados são indispensáveis para os acabamentos e linhas detalhadas.



O pincel tipo FAN é de extrema utilidade para paisagens e retratos. Inicialmente usado para misturar os tons na própria tela, hoje são usados para efeitos de textura.








O TIPO MOP é muito usado na aquarela por reter grande quantidade de água.





Os pincéis tipo SCRIPT, SHOWCARD e HIGH LINER, também conhecidos como PINCÉIS FILETE, são usados para a pintura de linhas longas e letras. Podem ser de cerdas naturais ou sintéticas, longas ou curtas. Indicado para fazer contornos, cílios, pespontos ou qualquer pincelada que necessite ser muito fina.





As TRINCHAS, geralmente de enchimento muito macio (sintético ou natural) são usadas para preparação de fundos e de grandes superfícies. Ideal para se aplicar vernizes, goma lacas ou outro tipo de acabamento que não pode ter marcas de pincel.

Agora me responda você: Se podemos dispor de toda esta variedade para conseguir os mais variados efeitos, por que pintar com apenas um pincel?