terça-feira, 19 de abril de 2011

Prá que tanto pincel?

Cada pincel é desenvolvido para uma finalidade específica, além disto gosto de ter muitos pincéis para não perder tempo lavando-os enquanto trabalho!
 

Os mestres da antiguidade usavam uma quantidade de pincéis para as cores claras e outra para as cores escuras - o que por si só já resolve o problema das manchas indesejáveis na pintura, mas ao mesmo tempo aumenta consideravelmente a nossa quantidade de pincéis!

A seleção do pincel adequado constitui um grande passo para ajudar o artista a explorar uma técnica pessoal com sucesso. Há uma escolha quase ilimitada disponível aos artistas.
Quanto ao enchimento podem ser divididos em três grupos - pêlos, cerdas e sintéticos. Os de pêlo podem ser encontrados em: pêlo de marta (sable, red sable e kolinsky), esquilo, cabelo de boi, pônei, cabra e texugo.


Uma regra geral para um bom trabalho com pincéis, seja qual for o tema ou tipo de pintura que você esteja fazendo , consiste em manter pinceladas coerentes em toda a pintura.

Se estiver pintando um retrato, por exemplo, não deve usar um pincel grande para a cabeça e um pincel pequeno para o pescoço pois o resultado será desagradável dando a impressão que a cabeça é maior do que realmente você a desejava.

Isto também vai acontecer se você está pintando com a ponta do pincel e de repente começa a exercer uma pressão maior, pintando com todas as cerdas do pincel - aqui também o resultado será desarmônico.

Antes de iniciar a pintura, decida com calma quais pincéis usará e mantenha-os à mão para lembrar-se deles quando estiver no auge da produção artística e toda a sua atenção estiver voltada apenas para a pintura em si.

Os pincéis chatos e retos podem ser de 4 tipos
, de acordo com o comprimento do enchimento. São os pincéis mais populares. Devem ser usados para pinceladas definidas.

Os mais curtos oferecem maior controle em pinturas espessas
e
os mais longos, maior elasticidade para pinceladas mais livres.



SHORT BRIGHT – VISÍVEL CURTO



BRIGHT – QUADRADO




FLAT – PLANO
             



STROKE – VISÍVEL LONGO





Os chanfrados, por serem mais fáceis de aplicar em cantos, são ideais para se fazer sombras ou floating (para quem está familiarizado com os termos da pintura country americana).



Como intermediário entre os tipos retos e os redondos temos o tipo FILBERT, também conhecido por "lingua de gato". É um pincel com a ponta ovalada que combina o controle do pincel reto com as bordas suaves do pincel redondo, sendo de múltipla utilidade. Especial para quem gosta de pintar flores!










Os pincéis redondos são os mais antigos.

Com as pontas ligeiramente afiladas permitem vários tipos diferentes de pinceladas. Com ele podemos cobrir grandes áreas, esboçar contornos, acrescentar detalhes, aplicar a tinta em camadas grossas ou finas e ainda esfumar a tinta para efeitos suaves.

Os pequenos e de pêlos delicados são indispensáveis para os acabamentos e linhas detalhadas.



O pincel tipo FAN é de extrema utilidade para paisagens e retratos. Inicialmente usado para misturar os tons na própria tela, hoje são usados para efeitos de textura.








O TIPO MOP é muito usado na aquarela por reter grande quantidade de água.





Os pincéis tipo SCRIPT, SHOWCARD e HIGH LINER, também conhecidos como PINCÉIS FILETE, são usados para a pintura de linhas longas e letras. Podem ser de cerdas naturais ou sintéticas, longas ou curtas. Indicado para fazer contornos, cílios, pespontos ou qualquer pincelada que necessite ser muito fina.





As TRINCHAS, geralmente de enchimento muito macio (sintético ou natural) são usadas para preparação de fundos e de grandes superfícies. Ideal para se aplicar vernizes, goma lacas ou outro tipo de acabamento que não pode ter marcas de pincel.

Agora me responda você: Se podemos dispor de toda esta variedade para conseguir os mais variados efeitos, por que pintar com apenas um pincel?