segunda-feira, 27 de junho de 2016

Vamos jogar?

“A função da arte é o aprimoramento da consciência humana”
Herbert Read

Apesar das dificuldades enfrentadas para a informatização das escolas em nosso país, não resta dúvidas de que a educação passa por mais um momento de poderosa transformação: o e-Learning é uma realidade mediante a qual, indivíduos e grupos podem, de uma maneira flexível, trocar conhecimento mesmo que estejam dispersos ao redor do mundo.


Acredite, não é o aprendizado que inibe a criatividade, mas uma atitude acadêmica. Quando a arte é ensinada como se fosse baseada apenas em regras, então, realmente, vai prejudicar a criatividade, assim como qualquer professor que impõe regras, estilos ou soluções inibirá o aluno na busca de sua própria expressão. Como todo bom jogo, este também dependerá da desenvoltura dos dois lados envolvidos:

-         O professor: precisa ser experiente, apoiado por uma equipe ousada que deseje passar o conhecimento em sua plenitude, levando o aluno a desejar aprender e querer sempre mais.

-         O aluno: precisa estar motivado não apenas pelo desejo de aprender como pela movimentação e espontaneidade do ambiente virtual.

O uso das inovações tecnológicas aplicadas ao e-learning, por si só não garantirá a inovação do assunto a ser tratado e nem mesmo a curiosidade inicial do indivíduo. Em um dos seus brilhantes artigos, José Manuel Moran  explica com clareza o fato de quequando olhamos para nossa experiência em sala de aula, um bom curso é aquele que nos empolga, que nos surpreende, que nos faz pensar, que nos envolve ativamente, que traz contribuições significativas e que nos põe em contato com pessoas, experiências e idéias interessantes.” Sabemos que assim precisam se desenvolver as experiências em EAD e muito mais no campo das artes.

O relacionamento de um “Personal art trainer” com o seu orientando visa não apenas a produção artística, mas levá-lo a aprender a enfrentar limites, superar dificuldades, adaptar-se, aceitar falhas e desenvolver autoconfiança e auto-estima. Há inúmeros exemplos de artistas, tanto clássicos quanto modernos - Picasso, por exemplo - que passaram por períodos de aprendizado orientado e por isto se tornaram criadores de uma arte inovadora e revolucionária.