Para Maria de Fátima Seehagen, a
arte é decisiva “na ética e na estética de uma sociedade melhor”, pois, está
relacionada aos primórdios da raça humana como aspiração de comunicação. Em
artigo, questionamentos acerca deste processo no mundo contemporâneo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAS1bVd8u8MmZbali6FK3SJu1CzFhMj3YNuqoDrPEVghsvivzg43dSDZ7DKlYekj1yQHhZSsL9sFn2UaF14LwRlqxH_XWWmzij71jesYU_aWYulp1D0Rgxm7dJ3ygyY5g2kTIc2apcABV9/s280/drawing-1504816-1920x1280.jpg)
“A educação é um processo social, é
desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida”. John Dewey.
Aprender é um processo que mobiliza tanto os significados como os sentimentos,
ou seja, tanto os símbolos como as experiências a que eles se referem. Assim a
necessidade de aprender arte estaria relacionada com a necessidade de
comunicação mais primária do ser humano. No caso do aprendizado da arte ficarão
completamente abandonados objetivos como conseguir um diploma, um emprego ou
ganhar dinheiro. A aprendizagem estará ligada, aqui no mais verdadeiro sentido,
à ampliação dos elementos de linguagem com os quais o indivíduo irá relacionar
o seu eu com os eventos do mundo. De posse do conhecimento aprendido, o ser
humano irá além da comunicação, à expressão. Mais do que apenas transmitir
conceitos poderá, estimulados os seus mecanismos de criação, reflexão e
percepção, manifestar os seus sentimentos.
Apesar dos slogans negativos de que
“arte não se aprende”, “arte não é para se compreender”, o ensino da arte em
todos os grupos, independente da classe social ou da faixa etária é de suma
importância no processo de construção do conhecimento, possibilitando o
desenvolvimento integral do ser humano.
Para Henri Lefebvre, a arte é
social não apenas pelo sentimento compartilhado, mas também pela solicitação.
Ao buscar a arte, mais do que a aprendizagem de uma técnica, o indivíduo busca
uma aliada na expressão da sua sensibilidade perante o mundo. Por ser uma
situação inusitada, o ensino à distância de técnicas artísticas, desafia o
professor que a isto se propõe, fazendo-o repensar as mais simples questões
como ensinar um aluno a pegar no pincel ou a reconhecer a face correta de um
determinado tipo de papel, posicionar um modelo, desenvolver a sua criatividade
e expressar a sua sensibilidade.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizWhxTAK0lPVOyybnnqYAbsUAIqvIyGkDCJvm6JjilESiLPGQKzZZavae9QTGRDhRJeoh_udRArF1n6MjT-1P0b-byESPkHk_DEY9ugwn_IQcvDQFRVNISzEc6HKBxJMyL3qIqqRE31P20/s280/designer-in-action-1473821-1920x1280.jpg)
Como dividir este conhecimento
através de um contato intermediado por uma mídia virtual? Como estabelecer uma
linha de pensamentos sutis que envolvem sentimentos, estando tão afastados no
espaço presencial? A partir do reconhecimento das necessidades, possibilidade e
expectativas do aluno, que é o protagonista desta história - a essência do
ensino a distância. No ensino de técnicas artísticas, a teoria não será
suficiente para dizermos que um assunto foi assimilado. A aprendizagem deverá
levar em conta demonstrações, a aplicação dos conhecimentos através da
experimentação. Um atelier virtual deve ter a sua arquitetura desenhada de modo
que os artistas iniciantes tenham a possibilidade de manipular elementos
visuais, arranjando, organizando formas, cores e linhas, até que possam,
expostos a situações similares às reais, tecer o seu próprio estilo, a sua
própria maneira de expressar seus sentimentos com técnica apurada e segura.