À arte estão associadas metodologias, técnicas, instrumentos e suportes que foram evoluindo através dos tempos. Os instrumentos são, para nós artistas, o prolongamento das mãos, facilitando a expressão das idéias. Este blog é o registro das minhas anotações no emprego destes instrumentos nas mais variadas técnicas de pintura, em mais de 40 anos de delicioso fazer artístico. Fátima Seehagen
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Das Rupestres às Performances
Vivemos numa
época em que, conforme aprendemos com Nietzsche em seu “Nascimento da
Tragédia”, o homem já não é artista, “tornou-se
obra de arte”.
Mesmo se nos considerarmos uma obra de arte, ainda assim, ficamos sem uma conclusão que evidencie a participação da arte em nossas vidas e efetivamente a defina.
Estilos que, num
passado recente, como a pintura de marinhas, foram intensamente explorados por
pintores interessados na movimentação e no aspecto efêmero da paisagem, deram
lugar a outros, menos convencionais e mais recentes ainda, como as pinturas
elaboradas em um alterado estado de consciência dos artistas da sub-cultura
underground da década de 60.
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Gilbert&George - artistas britânicos |
Mesmo se nos considerarmos uma obra de arte, ainda assim, ficamos sem uma conclusão que evidencie a participação da arte em nossas vidas e efetivamente a defina.
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Fátima Seehagen - aquarela |
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Fátima Seehagen - acrílica |
Mudaram os
estilos, as técnicas e formas de representação, das Rupestres às Performances,
mas quando observamos um objeto de arte, nosso interesse estético se agita ao
perceber que arte não é apenas uma
coleção de coisas no museu, e a obra
de arte não é apenas um objeto histórico e cultural que se pode explicar
pelas condições sócio econômicas, as influências, a moda, o mercado ou a
psicologia.
Partindo-se do
princípio que o artista é, primeiramente um artesão, que ao observar o material
já pressente no que vai transforma-lo, chegaremos com facilidade à conclusão de
que, mesmo na arte conceitual, o artista não tornou-se, ele próprio, obra de
arte pois também aqui é um artesão : artesão de idéias e ideais!
Vamos juntos com Stezaker,
artista da primeira geração de Arte Conceitual na Inglaterra,
em seu ambicioso projeto “Mundos” :
- Além da arte, pelo que a arte vale!
artista da primeira geração de Arte Conceitual na Inglaterra,
em seu ambicioso projeto “Mundos” :
- Além da arte, pelo que a arte vale!
Visite a página do curso HISTÓRA DA ARTE PARA PROFESSORES:
http://www.defatima.com.br/saladeaula/hartepainelinha.htm
quarta-feira, 10 de abril de 2013
Árvores
A representação das árvores na pintura de paisagens
pode apresentar alguma dificuldade para artistas iniciantes e até avançados. E
são tão importantes - como personagens nos contos das paisagens! Observe:
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Sem Árvore |
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Com Árvore |
Percebe como a segunda imagem parece nos contar uma história?
Onde está o segredo?
- Na forma e na cor
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPyyiUjs11HZ5Nm9nD0TCjXbzRZ754-5pHAutKRg7bJH9BuEg0hBjitKh70DkbxYnhFtNqHMRISulFM81o6O9hIjRL01ozT6MwFslwYh6jYGGigZnLX_IBnqaOKyoV1r7oHSQNWyuXNflI/s320/6.jpg)
A grande variação das espécies pode, inicialmente,
parecer difícil e o melhor caminho será nos dedicarmos a cada uma
separadamente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv_wDfLpf1bwwsJecl0wXBpVNTHoxcP6Yc96M4cvsnhyphenhyphenn5frjahoaiuxOxTTAEGXezDND5h4o6RhTvrXE4Cyzg-y7GgovbLyDTajbpEaeCZMsk6y5u48sOTcT_tGQ9zctQdniig7BxBuYR/s320/1.jpg)
Podemos
compreender os troncos e galhos de uma árvore como uma série de linhas de
contorno circundantes que se tornam mais ou menos largas, dependendo da
distância do nível do olhar.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMVMp8DIh7YEGFydD1V7edjLMubXb-kaE4gE0XmXhaCQiUsiUyQH66mHF5xto8sYFe-ajOH-dPCRP1fD3yZ8i9RlfcYOFKgVmetrVyIpJKUbncuer91VrNg67XDmUqnk7RlcOT6jIwH2Sz/s280/2.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZsRitrFmz1UsR0alvz7KL2Bo2igvMf_N0JSBLg81mee7VUdFF9chgycj7dSaza8Oe5DsjEYoDJrNJuiTPthql__r0Qn6-pJH-GVJaoCd9wKxLT7QCb0dXCxgpDKDyCn-5JsdlLE8v0-w4/s1600/3.jpg)
Para uma melhor composição de suas obras você precisa observar que existem árvores alegres e tristes, calmas e barulhentas, em tépidas tardes de verão e em vendavais soturnos e assustadores.
Qual é exatamente a mensagem da sua obra? Qual o tipo
de árvore melhor complementará a ideia que você quer passar?
"À
medida que desenhamos uma árvore, devemos sentir que ela cresce."
provérbio chinês
provérbio chinês
quarta-feira, 13 de março de 2013
Sombras?
A importância de Delacroix para a História da Arte exprime-se principalmente na pesquisa de cores por ele desenvolvida: Eugène representava a sombra das suas figuras não mais seguindo o sfumato renascentista, mas aplicando a cor complementar à cor local. Desta forma, aplicava o verde para sombrear o vermelho, por exemplo.
Se as suas pinturas parecem muito planas e sem volume, provavelmente você está errando na composição das cores das SOMBRAS. Há muito mais em uma sombra que apenas ausência de luz. Uma casa amarela não se transforma em uma casa azul apenas porque está na sombra. Transforma-se em um amarelo mais escuro, influenciado por suas cores circunvizinhas.
Experimente!
segunda-feira, 11 de março de 2013
Aptidão específica???
Reação normal de um jovem que acabou de escolher uma
profissão como Estilismo, Arquitetura, Música ou Teatro.
Várias Universidades do país ainda recorrem à prova de
Aptidão Específica para avaliar a capacidade dos seus iniciantes nas diversas
áreas ligadas à arte.
Pois bem, chama-se prova de aptidão específica, habilidade específica ou simplesmente THE, à avaliação de noções práticas e teóricas sobre a área do
curso que o aluno pretende fazer. Tida como um dos itens mais importantes na
classificação e desempate dos vestibulandos trata-se de uma avaliação que
pré-qualifica o candidato aos cursos relacionados à arte.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9NPN0aHy7MIDXNIZK6pZb5tIK9n6P9UIo_luHs1c_EzgmAFYWU4IFjoPV4zLfmbhtkapblsh4ZfFXAmrI6Ha11HWVHWul3jq3TGuIl6md_glh-_NNX61p8tDoFgjppco3xvpA4ox2Sc8w/s1600/448882_making_art.jpg)
Sabemos que tanto a forma como o que se avalia, deve ser
cuidadosamente estudado para a concretização de qualquer projeto educacional e
não poderia ser diferente em se tratando de um mundo tão subjetivo como o das
artes.
O vestibular inegavelmente é uma barreira ao acesso à
Universidade e, como tal, fator de desarticulação à continuidade dos estudos.
Sua estrutura atual persiste discutível, e a seleção resultante questionável.
Conhecemos os graves efeitos sobre o segundo grau e a
discriminação social nele embutida é ostensiva e tanto maior nestes casos das
provas de aptidão específica, onde se deseja que o aluno prove a sua iniciação
artística que envolve sensibilidade estética, muito mais através de um
“treinamento” da sua habilidade do que através do seu talento real.
Mas, enquanto algumas Universidades já abandonaram este critério
de seleção em seus cursos de Artes, outras continuam a empregar provas cujos
critérios de avaliação normalmente são:
• Proporção e perspectiva;
• Volume e textura;
• Organização espacial.
Não seria papel da Instituição iniciar os seus alunos nestas
práticas tão características destas profissões?
Mais valeria obter informação sobre a capacidade de
aprender do candidato aos estudos superiores do que testá-lo numa prova onde o
aluno precisará ter previamente um entendimento da arte como um conjunto.Noções
estas, que necessariamente precisam ser aprendidas.
Polêmicas à parte, a prova existe e o aluno precisa se preparar.
Não é necessário ser um desenhista
profissional nem um artista de renome, no entanto o pretendente dentro do campo
de artes visuais tem que estar preparado para expressar graficamente o seu
pensamento, através de formas, volumes, composições de sólidos, representação
de objetos e elementos da paisagem urbana.
Se você pretende cursar uma Universidade nestas áreas e
ainda tem dúvidas sobre o processo seletivo da Aptidão Específica, entre em
contato conosco -
Queremos ver você de cara pintada!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Em um dos seus brilhantes artigos,
José Manuel Moran explica com clareza o
fato de que “quando olhamos para
nossa experiência em sala de aula, um bom curso é aquele que nos empolga, que
nos surpreende, que nos faz pensar, que nos envolve ativamente, que traz
contribuições significativas e que nos põe em contato com pessoas, experiências
e idéias interessantes.”